A Polícia Civil da Bahia iniciou nesta quinta-feira (4/12) uma nova etapa da Operação Anátema e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão determinados pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos de Organização Criminosa. As equipes atuaram em Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, Feira de Santana e Santo Estêvão, além de municípios do Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.
As primeiras horas da ação já levaram à prisão de seis suspeitos na Bahia e Minas Gerais. Entre os investigados está um vereador do interior baiano, o que amplia a repercussão do caso. As equipes seguem nas ruas para cumprir o restante das ordens judiciais.
Vazamento de dados obriga antecipação da operação
O avanço da operação não ocorreu no ritmo previsto. Segundo o diretor do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, delegado Fábio Lordello, a deflagração desta fase precisou ser antecipada porque informações sigilosas vazaram para a imprensa baiana. Esse episódio colocou em risco medidas planejadas e acendeu um alerta dentro da força-tarefa.
Lordello afirmou que o vazamento de dados protegidos por sigilo judicial representa um golpe direto na investigação. Ele reforçou que a instituição já prepara um procedimento específico para rastrear a origem do crime e responsabilizar todos os envolvidos. Uma investigação paralela deve apurar o percurso dessas informações e quem se beneficiou da ruptura do sigilo.
Núcleo criminoso movimentou mais de R$ 4 bilhões
A nova fase da Operação Anátema dá continuidade ao trabalho iniciado em setembro, quando sete integrantes da organização liderada por Fábio Souza Santos, conhecido como Geleia, foram presos. Foragido desde 2023, Geleia comandava um grupo que movimentou mais de R$ 4 bilhões em cinco anos. Esse volume impressionante veio, sobretudo, do tráfico de drogas.
Forças policiais atuam de forma integrada
A operação desta quinta contou com apoio do DRACO, de unidades do Departamento de Polícia do Interior de Simões Filho, Lauro de Freitas, Juazeiro, Senhor do Bonfim e Feira de Santana, e das Polícias Civis de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Esse esforço conjunto manteve a mobilização simultânea em diferentes estados e ampliou o alcance das diligências.
A investigação continua e novas informações serão divulgadas conforme as equipes avançam e a Justiça libera detalhes. Tudo indica que outras prisões devem ocorrer à medida que a força-tarefa alcança alvos considerados estratégicos.











