O setor de combustíveis vive uma fase de aperto. Depois de meses de investigações que revelaram práticas cada vez mais sofisticadas, um golpe específico acendeu o alerta das autoridades: o chamado “golpe da bomba baixa”. Nesse esquema, golpistas alteravam equipamentos para entregar menos combustível do que o painel indicava. O motorista pagava por 40 litros, por exemplo, e saía com muito menos no tanque.
Agora, um novo sistema antifraude começa a redesenhar esse cenário. Trata-se da nova bomba medidora criptografada, uma tecnologia criada no Brasil que será obrigatória em todos os postos do país. Veja como vai funcionar e não seja mais enganado!
Como funciona o novo sistema antifraude
O abastecimento no Brasil enfrenta hoje três frentes de risco:
- adulteração do combustível,
- manipulação dos medidores,
- sonegação de impostos.
Entre elas, a bomba baixa causa preocupação maior porque age de forma silenciosa. O golpe acontece quando criminosos mexem nos pulsos eletrônicos enviados do medidor para o visor. O painel mostra um valor, mas o tanque recebe outro. Quem percebe isso no dia a dia?
Por isso, a nova bomba criptografada chega como peça-chave no combate à fraude. O equipamento usa uma assinatura digital única, que valida cada abastecimento com uma espécie de “carimbo” eletrônico. Toda tentativa de alteração dispara um travamento imediato ou gera um erro na hora.
O sistema também abre espaço para um controle mais rígido. Ele permite monitoramento remoto, guarda o histórico de operações em uma memória que não pode ser apagada e ainda bloqueia o acesso aos cabos responsáveis pela automação, pontos usados com frequência em esquemas ilegais. A ideia é fechar as brechas que, até então, dificultavam fiscalizações.

Onde a nova tecnologia já está disponível
A adoção começou por São Paulo. Até agora, 185 postos instalaram a bomba criptografada, embora apenas 15 estejam na capital. No total, já são 492 equipamentos ativos. Esse número deve crescer rápido, já que a exigência nacional está em fase de expansão.
Para ajudar o consumidor a identificar onde abastecer com mais segurança, o Ipem-SP criou a campanha Bomba Segura. O instituto mantém em seu site um painel interativo que mostra, cidade por cidade, quais postos já usam o sistema antifraude. A consulta é simples e se torna um aliado importante para quem quer evitar riscos e buscar transparência.
A tecnologia ainda está no começo, mas indica um novo padrão para o setor. Afinal, se o sistema consegue barrar as manipulações mais difíceis de detectar, o impacto direto aparece no bolso do motorista e na confiança do mercado.












