A redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais está prestes a transformar a rotina de milhões de trabalhadores brasileiros. A proposta PEC 8/25 prevê que os profissionais cumpram apenas quatro dias por semana, garantindo três dias de folga consecutivos.
Durante o seminário promovido pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu a necessidade de repensar a jornada adotada hoje. Para ele, esse é um passo essencial para garantir mais equilíbrio, previsibilidade e saúde para quem vive da própria força de trabalho.
O que muda com 36 horas semanais?
Com essa nova jornada, o trabalhador passa a ter mais tempo livre para descansar, investir em lazer ou até mesmo dedicar-se a outras atividades. Isso pode aumentar a qualidade de vida e melhorar a saúde mental, questões que vêm ganhando cada vez mais importância no debate sobre trabalho.
Por outro lado, empresas terão que ajustar seus processos internos para manter a produtividade com menos dias úteis. A discussão ganha força em setores que dependem de atendimento presencial, mas em áreas que já adotam o modelo remoto, a adaptação tende a ser mais natural.
Benefícios e obstáculos
Alguns efeitos positivos aparecem com frequência nas experiências internacionais de semanas mais curtas, como:
- redução do cansaço acumulado,
- melhor equilíbrio entre rotina pessoal e profissional,
- maior motivação, engajamento e retenção de talentos.
Mas não dá para ignorar os pontos de atenção:
- equipes terão de ser reorganizadas,
- clientes e parceiros podem levar um tempo para se adaptar,
- existe o risco de concentrar trabalho demais nos dias úteis caso os processos não sejam bem ajustados.
A pergunta que surge é: três horas a menos por semana fazem tanta diferença? Especialistas apostam que sim. Um descanso maior tende a liberar espaço para criatividade, foco e até inovação, algo que empresas valorizam bastante.
ANDES-SN e a mobilização nacional
A defesa do fim da escala 6×1 tem sido uma das principais bandeiras do Plebiscito Popular por Justiça Tributária, organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A iniciativa, que reuniu entidades sindicais e movimentos sociais, contou também com a participação ativa do ANDES-SN. O resultado impressionou: mais de 2,1 milhões de votos.
Esse esforço coletivo impulsionou a disseminação de conteúdos sobre o tema, e o Sindicato Nacional segue somando forças com outros canais de comunicação para ampliar a conversa com a sociedade. A publicação dos artigos do dossiê faz parte dessa estratégia, oferecendo material qualificado para quem deseja compreender melhor os desafios e as possibilidades da redução da jornada de trabalho.












