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Megaoperações realizadas na última semana — como a “Operação Tank” — revelaram um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis em todo o país. As investigações expuseram como postos em diferentes regiões do país utilizam tecnologias cada vez mais sofisticadas para enganar motoristas. Na prática, os consumidores pagam por litros que nunca chegam ao tanque do carro. Entenda como o golpe funciona e confira dicas para não cair nessa armadilha.

O funcionamento desse esquema envolve dispositivos eletrônicos discretos, instalados dentro das bombas de combustível. Esses aparelhos são programados para registrar no visor uma quantidade maior de litros do que o realmente entregue ao consumidor, criando uma falsa sensação de normalidade.

Como funciona o golpe da bomba

O golpe envolve a instalação de chips ou placas eletrônicas conectados ao sistema interno da bomba de combustível. Esses dispositivos são programados para registrar no visor um volume maior do que o entregue ao tanque do veículo.

A fraude pode ser acionada por controle remoto, geralmente disfarçado de chaveiro ou outro objeto comum. Isso permite que o frentista ou gerente ative ou desative o sistema conforme o movimento do posto, dificultando a detecção em fiscalizações. Em muitos casos, o golpe é usado de forma seletiva, apenas em horários estratégicos, como finais de semana ou períodos de maior fluxo de clientes.

Para o consumidor, identificar o problema a olho nu é praticamente impossível, já que o visor da bomba funciona normalmente. Por isso, especialistas reforçam que a fiscalização frequente e a atenção do motorista são as melhores armas contra essa prática criminosa.

O golpe está por todo o país

Os estados onde o golpe da bomba chipada tem se mostrado mais frequente são São Paulo,  Salvador  e Rio de Janeiro. Nessas regiões, as fiscalizações já identificaram diversos postos com dispositivos eletrônicos capazes de registrar mais litros do que o realmente abastecido, reforçando a necessidade de atenção redobrada dos motoristas.

Dicas para você se proteger nos postos

  • Sempre desça do carro para acompanhar o abastecimento.
  • Veja se o bico usado no seu veículo corresponde ao combustível solicitado.
  • Verifique se o preço exibido na bomba é o mesmo anunciado no painel do posto, já que algumas formas de pagamento podem ter valores diferentes.
  • Observe se a bomba inicia a contagem em zero antes de começar o abastecimento.
  • Aguarde o abastecimento até o final e só depois vá efetuar o pagamento.
  • Se desconfiar, solicite o teste com o aferidor de 20 litros, que todo posto é obrigado a ter. Esse equipamento deve estar lacrado e vazio.
  • Use abastecimentos anteriores como referência: o volume indicado no manual do veículo pode ter diferença de até 20% da capacidade real.
  • Prefira abastecer até o desarme automático do bico e evite que o frentista force mais combustível.
  • Sempre exija a nota fiscal, que deve registrar o valor pago e a quantidade de litros inseridos.
  • Além do teste de volume, o cliente também pode exigir que o posto realize a checagem de qualidade do combustível.

Embora os sistemas de fraude sejam cada vez mais sofisticados, motoristas bem informados e atentos podem reduzir os riscos de prejuízo. A principal dica é optar por postos de confiança e manter a fiscalização constante no momento do abastecimento.

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Jerffeson Brandão é fundador e redator do Portal N1N, especializado em jornalismo digital e cobertura de notícias em tempo real. Além disso, colabora com produções para sites como Informe Brasil e Portal iBenefícios, ampliando seu alcance no cenário de notícias online.